FILME “E A VIDA CONTINUA...”

              O filme começa falando sobre a epidemia de ebola que teve na África Central em 1976 e frisa que a ebola foi contida antes de ir para o mundo exterior, sendo um aviso para a AIDS.

                Posteriormente mostra que o primeiro caso de AIDS foi em Copenhague em 1977 e depois houve um caso em Paris em 1978. Posteriormente mostra Bill Kraus, ativista gay, pedindo aos democratas que reconheçam os gays como humanos. Após essa fala de Bill, mostra que quem venceu as eleições foi Reagen.

             Em 1981, no Centro de Controle de Doenças em Atlanta (CDC) começa o debate sobre a pneumonia que estava matando gays. Com essa notícia, o CDC começa a investigar o que está acontecendo, contratando Don Francis (médico que também trabalhou com a Ebola) para que integrasse a equipe. Dessa forma, começam as entrevistas com as pessoas que estão com a doença para descobrir como ela é transmitida e como ela pode ser pega. Como as pessoas que pegaram a doença são gays, as saunas gays também são vistoriadas, mas não é encontrada nenhuma irregularidade na água e nos materiais usados que pudesse transmitir a doença.

                Em setembro de 1981, o CDC chega a conclusão de que a transmissão da doença é pela via sexual, mas não possui formas de provar cientificamente o constatado e que 100% das pessoas que pegam a doença vão a óbito.

            Posteriormente, há a Parada Gay em São Francisco, na qual os gays pedem visibilidade e tratamento para a doença, a AIDS se chamava nessa época de “câncer gay”/”pneumonia gay”.

                Após, percebe-se que a doença não é somente de gays, pois há casos em Haitianos e em 11 crianças recém-nascidas.

                Don Francis, percebe que algo está deteriorando a célula T do organismo humano, o que causa a baixa imunidade, mas inda não sabe o que é.

            Posteriormente, o CDC começa a fazer um organograma das pessoas que transaram e começam a perceber que as pessoas que tem a doença transaram com as mesmas pessoas. Entretanto, como não há prova científica de que a doença é sexualmente transmissível, a informação passada para a população é a de que a doença pode ser sexualmente transmissível, o que leva com que a população não se previna sexualmente.

                Em 1982, chega-se a conclusão de que a doença é transmitida pelo sangue, mas ainda não se sabe qual é o vírus, e passam a procurar pessoas que doaram sangue.

                  Em 1983, há a proposta de mudança de nome para AIDS, a qual é aceita.

            Nesse período, há pesquisas sendo realizadas na França e nos Estados Unidos, as quais descobrem que é um retrovírus e posteriormente como ele se desenvolve e formas de tratamento. Entretanto, houve debate jurídico sobre quem descobriu primeiro, pois Robert Gallo (EUA) acabou patenteando a descoberta do pesquisador Frances, atitude completamente antiética e que faz com que a gente critique qual é o caminho da pesquisa, será que é para o bem da população ou para o ego do pesquisador?

                O filme mostra o trabalho de um sanitarista integro, Don, que quer descobrir a causa da doença e se preocupa com a prevenção, colocando em primeiro lugar a vida das pessoas e não o mercado. Percebe-se que há uma grande disputa no filme entre o poder e os estudos epidemiológicos, pois enquanto era somente atingida a população gay não havia interesse pelo governo em investir na pesquisa.

                Achei interessante que o filme mostra que muitas vezes com poucos recursos tecnológicos, mas com base em um estudo epidemiológico aprofundado, conseguimos a chegar a conclusões como as formas de transmissão da doença.

                A AIDS ainda é uma doença um pouco estigmatizada e Porto Alegre é a capital do país que mais tem casos de AIDS. Dessa forma, o sanitarista ainda tem um papel muito importante na mudança de consciência da população para que compreenda a forma de contágio, a forma de prevenção e a forma de tratamento.


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