ALTERIDADE

A não pratica da alteridade gera a intolerância e a xenofobia, ou seja,  gera o etnocentrismo (que ocorre quando há um determinado grupo de pessoas com características e hábitos parecidos que se acham mais importantes que os outros). Assim, a alteridade é fundamental para o convívio com a diferença.

Um ponto que me chamou muito a atenção foi o fato de que normalmente falamos em aula e lemos textos que informam que o mundo está muito individualista e mecanicista, mas me pergunto se muitas vezes essa justificativa para pouca existência da alteridade não é uma forma de justificar a nossa falta de alteridade, pois o mundo é assim e não fazemos nada contra isso. Claro que vivemos em um mundo muito capitalista e individualista e devemos estuda-lo, analisa-lo, criticá-lo e transformá-lo diante das nossas limitações em algo mais coletivo e democrático. Para que exista alteridade temos que começar praticando e não julgando o outro, todos vivemos em um sistema que sabemos que é falho, mas resta a nós fazermos a diferença, mesmo que não seja uma diferença global, mas sim a diferença no local em que vivemos, porquê agir com alteridade faz com que outras pessoas ajam da mesma forma.

Ressalto que uma dificuldade para que nós, seres humanos, desenvolvamos a alteridade é a transformação que ela provoca diariamente no nosso eu, pois ela faz com que muitas das coisas que aprendemos e praticamos diariamente deixem de serem verdades para nós mesmos e acabam não tendo mais razão de existência. Assim, com a alteridade há um aprimoramento individual e social.  Para que exista a alteridade devemos ter em mente que as pessoas não são iguais, que cada ser humano é diferente, e isso não é um problema, não podemos querer que as pessoas ajam da mesma forma, devemos respeitar as diferenças e a partir desse entendimento conseguiremos nos colocar no lugar do outro, sem querer muda-lo, mas com o objetivo de ouvi-lo, vê-lo, importar-se com ele, de auxilia-lo caso seja necessário, entre outros.  É a partir da alteridade vemos a outra pessoa como alguém como nós mesmos, que tem angústias, alegrias, tristezas, medos, traumas,...

Colaciono uma frase do texto ALTERIDADE: UMA NOÇÃO EM CONSTRUÇÃO MOLAR de Jonathan de Oliveira (UEPG)  que me chamou muito a atenção, pois entendo que define exatamente o que se consegue com a alteridade: “Trata-se do desafio de se respeitar as diferenças e de integrá-las em uma unidade que não as anule, mas que ative o potencial criativo e vital da conexão entre diferentes agentes e entre seus respectivos contextos”.

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